sexta-feira, 19 de julho de 2019

Eu, Baryshnikov e cerveja

 Eu, Baryshnikov e cerveja


Era 2007, abertura do 25º Festival de Dança de Joinville. Um dos grandes nomes da dança mundial fez sua apresentação no Centreventos Cau Hansen. O bailarino Mikhail Baryshnikov, com a sua companhia de dança Hell's Kitchen abriram aquela edição, num espetáculo memorável.

Na época eu trabalhava com o governador Luiz Henrique e o acompanhei no evento. Após o espetáculo, alguns convidados foram recepcionados no restaurante do Prinz Hotel, na rua Otto Boehm.

Coquetel, bebidas, conversa como sempre acontece nestes eventos. Eu já havia cumprido minha missão de jornalista e acompanhado do colega Vitor Louzado escolhemos um cantinho perto da porta. Sempre seja amigo dos garçons diz um ditado antigo dos frequentadores de bares, principalmente.

Gentilmente um dos garçons já meu conhecido de tempos, trouxe um baldinho com seis long neck Skol, afogadas no gelo.

Eu e Vitor conversávamos sobre assuntos nosso e bebericávamos nossa Skol.

Lá no salão grande os convidados, bailarinos e  a estrela russa.

De repente se aproxima de nós um sujeito de baixa estatura 1,68m, branquelo, cabelos desalinhados e visilmente de saco cheio. Nos viu ou viu apenas o baldinho de cerveja.

  •  Excuse me. I want a beer. This is good? - apontou para nosso baldinho.

  • It's the best in the world.- respondi rapidamente exibido. 

  • Very good! Respondeu o russo fazendo glu glu em três long neck de nossa cota. Trocou algumas palavras,matou a sede agradeceu e voltou ao salão para se despedir e ir para o hotel descansar.

Eu e Vitor nos olhamos, contemporizamos. Era ele sim Baryschnikov. Bebeu metade de nosso estoque do baldinho.

Simpático, educado e sem estrelismo.

Mas de longe, no palco parecia mais alto. Tínhamos a mesma altura e o mesmo gosto. 



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