Esta semana conversando com o meu amigo de Timbó Márcio Luiz Gessner, fiquei preocupado com a situação que pode desencadear a terceira guerra mundial. Já temos conflitos demais no mundo desde a invasão de parte da Ucrânia pelos russos, conflito também sangrento entre palestinos e Israel, além da pendenga entre Estados Unidos e Taiwan, na China por causa da produção dos chips que movimentam a economia mundial alicerçada na alta tecnologia.
Mas o perigo maior é iminente e vem de Santa Catarina conforme o ilustre timboense, que já se prepara para a batalha, que julga vencedora.
Afinal de quem é o Morro Azul, belíssima formação natural entre Timbó e Pomerode? Local de beleza, contemplação, entretenimento e para a prática de esportes como vôos e cicloturismo muito forte na região. Se na europa fosse, com certeza ali teria uma bela estação de esqui na neve, spas e um grande complexo que geria milhões através do turismo.
Márcio está preocupado e arregimentando timboenses para defender o território a unhas e dentes, com um exército bem nutrido e com amplo estoque de chope, chucrute, marreco e repolho roxo. Não podem faltar as tradicionais Bratwurst para dar energia aos guerreiros. Também eisbein e kassler. As afamadas doceiras já preparam estoques de apfelstrudel, stollen e Schnecken.
Questionei o general comandante das forças timboenses sobre o armamento a ser usado. Me respondeu que montou um QG nas Nações onde estão sendo produzidos bodoques e flechas com penas de pato criados ali na região mesmo. Recolheram, também, muita bosta de vaca que vai ser moldada em pequenas bolas que servirão como granadas.
Como hoje é dia da Proclamação da República, feriado, convém as forças antagônicas se reunirem numa choperia em local neutro, ali pelo Cedro e tratar de assinar o tratado de paz, pois uma guerra vai ser terrível. Cidades isoladas e cada um emburrado defendendo: Morro Azul é meu. Outra cidade abraça o tal do morro querendo se adonar. Os de Pomerode vão ficar sem o chope de Timbó, sem a feirinha e sem a beleza do cartão postal do rio Benedito que atravessa o centro e o belo restaurante com visão panorâmica. Já os timboenses ficarão sem a tradicional festa Pomerana, o maior ovo de Páscoa do mundo e não poderão visitar o zoológico, entre outras atrações.
Melhor adiantarmos as negociações de paz e definir esta questão do Morro Azul antes do entardecer. Amanhã poderá ser tarde demais.
Vou agendar uma reunião com as partes para a tarde em uma confeitaria, daquelas com vitrine de encher os olhos e quem sabe até o final do dia tenhamos um tratado de paz com um dos melhores queijos e melhores chocolates do mundo produtos na região.
Sugiro que a gestão do Morro Azul seja bi-partite. Timbó chamará de Morro Azul e Pomerode continua com Montanha Azul. Nem precisará levar este caso para ONU e nem para o Tribunal de Haia.
Acho que estes termos são satisfatórios. Agora me tragam um Borck e um Schornstein para selarmos a paz. Prosit!