segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Diana a Rainha Guerreira



Diana a Rainha Guerreira





Era uma manhã de sábado em outubro de 2006. Fui na Agropecuária 15 comprar ração para tartarugas e pássaros ao ar livre e para a Athena, uma pinscher que já tínhamos.




Logo na entrada havia um cercadinho de tela com vários filhotes para adoção. Peguei a Isis, uma cachorrinha de pelagem preta e trouxe para casa. Era um presente para meu filho menor Victor. Chegando entreguei a nova amiguinha e falei que eram duas irmãs gêmeas. Peguei a pretinha e lá ficou a marrom. Ele argumentou, com seis anos, que era injusto separar as irmãs; Voltei rápido na agropecuária e por sorte a marrom ainda estava lá. Trouxe também.Ela poderia ter cativado outra pessoa, com seu olhos cor de mel, neste pequeno tempo que me desloquei de ida e volta.




Os irmãos Victor e Arthur as batizaram de Diana, a Rainha Guerreira (marrom) e a Isis, Poderosa Isis, a Deusa da Fertilidade na Mitologia egípcia que espalhou pelo mundo greco-romano.




Nos últimos tempos, já com quase 16 anos, o equivalente a serem idosas, se comparadas a humanos, já apresentam sinais de demência, dificuldades de andar, de se alimentar e mesmo com todos os remédios e internações e cuidados, o ciclo da vida se encerra.




Diana é a divindade da lua e da caça, muito poderosa e forte. Pode ser também a Mulher Maravilha dos desenhos da DC Comics. Mas para nós era alguém muito amada, querida, uma caçadora de emoções, uma conquistadora de carinho, de amor, mesmo com seus pulos e beiçadas fortes.




Nos últimos dias as convulsões aumentaram, e sobreviveu mais um tempo em coma induzido e com sonda para se alimentar. Muito sofrimento para quem recebeu e deu amor, carinho, companhia e muitas brincadeiras. Além de cuidar de todos e da casa.




Caçadora rápida. Não havia camundongo que ela não pegasse, mas também abatia pássaros. Sentiremos muito sua falta, mas sua gêmea que fica a Isis já sente sua ausência.




Os irmãos Francisco, também idoso já está ranzinza e cria encrenca com qualquer um que tente atravessar a porta onde ele se acomoda todos os dias. E o Banzé o mais jovem com 10 anos continua ágil e metido.




Mas nos últimos dias os olhos deles estão tristes. É claro que entendem o que está acontecendo. E lêem nossa alma, também. São sensíveis, adoráveis, amorosos e capazes de ler o interior de cada um de nós.




Diana nos deixou na tarde de segunda-feira de Carnaval. Certamente já está com sua fantasia de Mulher Maravilha pulando com São Francisco o protetor dos animais.

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