segunda-feira, 12 de agosto de 2019

O cão e a máquina de pão

 O cão e a máquina de pão



Em julho fui a Erechim e visitei meu irmão. Me chamou  atenção enormes pães, bonitos, lustrosos e quentinhos no café. Pão e bolo de milho (minha iguaria preferida). Fiquei curioso. Tudo dali, me informou. Coloca água, mistura pronta e fermento. Liga, pode sair e quando apitar está pronto.

Voltei os 550 quilômetros matutando aquilo na minha idéia. Nem precisa de forno de barro como tínhamos no pátio, nem do forno do fogão à lenha, nem do a gás e muito menos do elétrico. Nada de misturar, sovar a massa, untar formas, deixar descansar sobre a mesa para crescer, aquecer o forno, esperar três horas, desenformar e só depois comer. Ufa, Já me deu fome de tanto trabalho.


Comprei a dita panificadora elétrica. Fácil. Pão quente e novo todos os dias. Acabou as idas à padaria ou supermercado todos os dias.

Dias atrás fiz um belo pão australiano. Massa escura, fofinho, leve.

Desenformei, coloquei na tábua de madeira, cobri com um pano branco.

Fui esquentar água para passar café no coador de pano, lavar a louça enquanto o pão australiano esfriava um pouco.


Porta aberta meus quatro amigos caninos  caminhavam pela cozinha, cheirando aqui e ali, pulando, investigando cada canto da peça preferida da casa.

Café passado, caneca cheia, chegou a hora de sentar, cortar uma grande fatia de pão australiano quentinho e calmamente tomar meu café da manhã.

  • Opa! O que houve aqui? Deixei o pão debaixo do pano. Enlouqueci?- Voltei no balcão onde está a panificadora nada- eu poderia ter esquecido.


Mas ouço um barulho estranho que não era canguru embaixo da mesa.

No melhor estilo Sherlock Holmes, mistério desfeito:

Banzé - o delinquente. Só deixou algumas migalhas. Tomara que dê dor de barriga no larápio.Neste dia não teme café da manhã com pão quentinho.


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