Salvei duas almas perdidas.
Hoje de manhã eu estava em frente a “repartição” onde trabalho e vieram dois sujeitos, destes sem-teto que vivem por aí e almoçam no Restaurante Popular. De longe dava para sentir o cheio da cachaça e da falta de higiene pessoal.
Bom dia , Tio - disse o mais jovem me estendendo a mão.
Bom filho, que Deus o Abençõe - respondi cumprimentando-o com um forte aperto de mão e olhando fixo em seus olhos. O colega dele ficou mais adiante.
E aí, tio esperando o Carnaval? - puxou conversa.
Filho, isto é coisa de pecador. O Carnaval foi inventado pelo coisa ruim para levar gente boa para o pecado. É uma festa de pecadores onde abusam da bebida, ninguém trabalha e acabam mortos ou doentes.
Amém, o senhor tá certo tio. O que o senhor faz? - questionou com os olhos arregalados e meio assustado com meu discurso.
Sou o pároco aqui da capela. Vocês querem entrar e rezar comigo? Vejo em seu olhar o pecado da bebida. -
Obrigado tio, padre… - balbuciou meio atrapalhado.
Temo que ir , temos que ir. Sua benção...
Deus te abençõe alma recuperada e nada de bebida, nada de carnaval.
Tá bom, padre, tá bom. Amém.
E seguiram pela Afonso Pena, dobraram a Urussanga e foram para a fila do Popular.
Nenhum comentário:
Postar um comentário