Que sejam lágrimas de alegria
“Se houver lágimas, que sejam lágrimas de alegria”. Esta frase teria sido dita pelo argentino Jorge Mario Bergoglio antes de entrar na Capela Sistina onde estavam os cardeais que o elegeram, para logo em seguida ir para a varanda do Vaticano e ser apresentado como o novo Papa Francisco ovacionado pelo povo.
Esta é a cena final do filme dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles e que concorre ao Oscar. Dois Papas. Recomendo que assistam. Vale pela excepcional, como sempre, atuação de Anthony Hopkins interpretando Ratzinger, o Papa Bento 16 que renunciou ao pontificado.E também ótima caracterização e interpretação de Jonathan Pryce como Francisco I.
Uma conversa honesta entre duas pessoas que não pensavam igual. Sinceridade do olho no olho e a humanidade de dois seres humanos mais próximos a Deus. Antes de exercer o mais alto cargo da Igreja Católica são gente de carne e osso que comem, bebem, dormem, gostam de música e futebol. E também cometem pecados e carregam pela vida toda fardos acumulados por algumas atitudes ou escolhas da juventude ou no caminho da vida.
O ultra conservador Ratzinger renuncia e recolhe-se em Castelgandolfo. Frustrado por não ter conseguido fazer as reformas que a Igreja Católica precisaria e passa a responsabilidade para o argentino que assumiu há seis anos e tem tudo para fazer.
O filme relata diálogos dos temas difíceis ao Vaticano e que precisam de ações concretas para evitar ainda mais a perda de fiéis: roubos frequentes no Banco do Vaticano, pedofilia latente em todo o mundo, e ao invés de punir o sacerdote, apenas mudam de paróquia. Neste caso Bergoglio fala para Ratzinger: “e quem defende as crianças? Protegemos os nossos mudando de paróquia”. E outros temas abordados que ainda virão à discussão é a questão da homossexualidade e sua aceitação pela Igreja.
A narrativa bem feita aborda estes temas e repassa a vida de ambos. Nos faz pensar na necessidade de modernização dos Católicos. Desde a formação dos padres até a missa. Alguns padres são tão chatos que afastam as pessoas. Há paróquias com líderes espirituais simpáticos, acolhedores e com missas agradáveis que dá gosto participar.
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