Tomar banho no Chuveirão de Jaguaruna
Para os próximos 12 meses já defini minhas metas: Vamos lá, sem loucura. Após passar a epidemia, que deve ir longe ainda, pretendo retomar algumas metas para este ano.
Uma delas é ir tomar banho no Chuveirão de Jaguaruna, importante ponto turístico do sul do Estado. Só passei perto,a lo largo, mas nunca exibi meu corpinho embaixo daquela ducha de água fria que deve ser deliciosa no verão escaldante.
Esta vontade atormenta meus pensamentos há 20 anos pelo menos. Vou contextualizar. O Luiz Henrique era prefeito de Joinville, eu era o secretário de Comunicação da Prefeitura e finais de semana percorríamos o Estado para preparar o terreno de sua futura candidatura a governador em 2002. E num final de semana fomos a uma corrida de caminhões em uma praia do sul, onde o ex-deputado Manoel Mota era um dos “pilotos”. Dada a largava era uma poeira só de areia. Caminhões envenenados, equipes no pit stop, enfim nada perdia para o circo da Fórmula 1. “Este é um evento internacional” - exagerava LHS.
Aproveitamos para alguns contatos políticos, mais uma festa popular em Araranguá e deveríamos seguir de volta para Joinville no final da tarde de um domingo. Mas Luiz Henrique tinha umas manias de oportunizar crescimento. Nas viagens me dizia que eu deveria viajar mais, conhecer países, porque só assim a gente conhece a cultura dos povos e das pessoas. Assim fazia. Em Viena me levou a museus e palácios, que ele já conhecia, mas fez questão de eu fosse visitar. Assim foi em vários lugares do mundo.
Em se tratado de Santa Catarina, aqui tudo era melhor. Nossa Serra do Rio do Rastro era mais bela que o Grand Canyon, Joinville era mil vezes melhor que muitos países só não tínhamos um time à altura do Manchester United, e assim por diante. Nosso vinhos de altitude se igualam aos melhores do mundo e as queijarias do Oeste nada perdem para os franceses.
Voltamo pela BR- 101 eu já cansado louco para chegar em casa e ainda faltavam mais de 300 km. Aí ele ordenou ao motorista. Entra aqui em Jaguaruna o Benhur precisa conhecer o chuveirão. Pensei: ahhh essa não” Mas fiquei quieto. Entramos e lá estava o monumento azul jorrando água como as termas de Caracala.
Passamos, olhamos, ele queria descer para me mostrar, Intercedi argumentando que era tarde e que futuramente eu iria conhecer melhor e me banhar. Ficou meio desapontado e seguimos viagem de volta para Joinville. “Vou fazer o asfalto do Camacho e isto aqui se valorizar muito”, profetizou.
Então já coloquei na minha lista de prioridades: banho no Chuveirão de Jaguaruna com direito a selfie, fazer uma tatuagem do Darth Vader, visitar os Sete Povos das Missões (RS), retornar a Montevidéu para tomar uma chimarrão na rambla, subir na Serra do Corvo Branco, fazer rafting no rio Cubatão de Santo Amaro da Imperatriz.
Verão de 2021 me aguardem. Farei a selfie no Chuveirão.
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