Dia de visita da Capelinha
Alguém vai lembrar quando a “Santinha” chegava. Principalmente nas comunidades católicas as famílias receberiam a “Capelinha” com imagem de Nossa Senhora. A ilustre visitante ficava 24 horas na casa de cada família, trazendo seu alento, sua fé, sua esperança.
Era uma visita esperada com ansiedade por todos, não se podia atrasar a entrega e os que esperavam ficavam na porta de casa no dia marcado. Geralmente às seis da tarde se levava na cada dos vizinhos, que sabiam de antemão o dia agendado e nesta noite as famílias se reuniam, rezavam o terço, renovavam suas esperanças, sua fé, agradeciam graças alcançadas e faziam novos pedidos em suas orações.
Era um momento de união de pais e filhos em torno da imagem e das orações. A Capelinha ficava até às 18h do dia seguinte e durante todo o dia tinha seu lugar de destaque, principalmente na sala.
Estou falando de uma tradição que testemunhei e vivi há cinco décadas. Possivelmente em pequenas comunidades ainda haja esta prática de amor, de fé e de esperança, esta prática saudável mentalmente para os tempos de hoje. As novas gerações não levaram isto adiante.
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