sexta-feira, 5 de junho de 2020

O dia que o Garnizé apanhou do anão

 O dia que o Garnizé apanhou do anão




Nosso amigo Garnizé é bem do tipo saliente. Magrinho, topetudo e metido. Sabe tudo, corre de um lado para o outro. Rei do galinheiro. E é metido a valente como todo baixinho que quer compensar a falta de porte físico. Repararam como todo Garnizé estufa o peito? Nunca será um Galo de Esporas.

Estava o Garnizé na recepção, como sempre metendo o bico em cada canto. Conta história, corre para as salas, verifica a cozinha. Ligado no milho e na quirera.

Chega um cidadão de 1,32 m, cabeçudo, entroncado e zolhudo. Garnizé esboçou um sorriso, tipo assim : “deve ser de circo”. O chamado pintor de rodapé só deu um olhar 43 para o Garnizé e falou com voz grossa:

  • Quero fazer “inzami, me mandaram aqui pra pegar otorização” . Garnizé se meteu, nem esperou a recepcionista informar que o local não era ali.

  • O senhor tá errado a saúde nem é mais aqui nesse prédio. Tem que pegar esta rua e ir pela João Colin depois do Angeloni, etc etc blah! Blah! Blah!

  • Quem te perguntou cara de fuinha!- Quero meus inzami! Sentenciou o anão. E deu um soco na parede do balcão da recepção porque não alcançava a parte de cima.

Tava feita a confusão. O anão com sangue nos olhos, unhas sem cortar há meses pareciam navalhas afiadas a se aproximar do pescoço do Garnizé. A cabeça do Anão mais parecia uma bala de canhão de aço. Daí foi um corre corre. O nosso valente Garnizé pulou para trás da recepcionista, dalí mediu a chegada ao corredor e tratou de sumir na braquiária. 

Sobrou para a recepcionista acalmar o anão com um copo de água e açúcar, Levantou o anãozinho colocou na cadeira da recepção, deu água com açúcar, segurou na mãozinha dele. Após calminho da água açucarada e o levou até o jardim.

E o Garnizé?

Só espionando lá de cima do telhado e de peito estufado resmungava: Sorte deste anão que não caguei de pau!


Nenhum comentário:

Postar um comentário