quinta-feira, 7 de novembro de 2024

O CAVALO FOI ÀS COMPRAS

Nesta semana conversando com um amigo de longo tempo, o Pedro Calza, conhecedor como poucos sobre cavalos, comentamos sobre a inteligência e esperteza deste bicho que é mais sabido que muito vivente. Ele me mandou o vídeo do cavalo que entrou em uma loja de materiais de construção em Palmeira das Missões, na região missioneira do Rio Grande do Sul. 


Conhecedor como poucos, Pedro, desde os tempos que integrava o 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, oficialmente denominado como Dragões da Independência,  uma unidade do Exército Brasileiro, cuja missão principal é guarnecer as instalações da Presidência da República, relata que viu muitos cavalos espertos, mas como este missioneiro nem tantos.


Contei um causo que ocorreu em Santa Vitória do Palmar há uns 40 anos, onde um malfeitor assaltou um banco a cavalo, no melhor estilo velho oeste. Pegou o dinheiro, forrou a guaiaca e a mala de garupa, pé no estribo e dê-lhe relho, adentrou no banhado do Taim e sumiu. Nunca mais foi visto e nem o dinheiro.


Mas neste caso de Palmeira das Missões, desconfiamos que o cavalo foi lá escolher um bom madeiramento para nova baia. Entrou na loja, os balconistas continuam com a cuia na mão sem dar atenção ao freguês. Ficaram se olhando e nem bola para o cliente. Não encontrando deu de costados no mostruário, fez confusão que nem cusco em procissão, e saiu dando um salto pelo self-service ou pelo caixa, como queiram,  não pagando nada, afinal nada comprou. 


De longe parece um baio amarillo, os desentendidos vão achar que é caramelo, mas isto é só para cusco. Chegamos a conclusão de que o dito cavalo não encontrou um produto de boa qualidade e nem aprovou o procedimento dos bolicheiros que nem serviram um mate para o andante.


E se o dito baio voltar. Parece que vai ter um lanchinho bem sortido com alfafa e cenouras, um balde de água fresca e uma escova para dar um trato na pelagem do cliente.


E agora vamos camperear porque o dia não está ganho e só progride quem vai para a lida bem cedo, ao acordar com saracuras e quero-queros. 


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